Ola, tudo bem?
Sou redatora há muitos anos e já escrevi sobre os mais variados temas. Os assuntos propostos por vocês me interessam bastante e eu gostaria que pudéssemos firmar essa parceria.
Aqui não tenho nenhum texto que se encaixe no conteúdo que está aplicando, pois tudo que escrevi sobre o assunto foi publicado em revistas que só tenho físicas. Mas, envio um outro texto que já tenho digitalizado. Caso queira, posso escrever um artigo teste.
(não consegui anexar o arquivo, por isso estou mandando no corpo, ok?)
Rebelde Holandês
A avalanche de cores é a principal marca do grafiteiro holandês Karski, um amante do Brasil. O artista cursou design gráfico e fez um estudo sobre cores por mais de um ano na Academy of Fine Art. Apaixonado pela arte desde criança, Karski acredita que o grafite é uma das maneiras de ver o mundo e, em seus retratos ou arte abstrata, as cores e as formas contam suas próprias histórias.
"É uma arte direta. As ruas são o meu estúdio”, explica Karski sobre os motivos de ser grafiteiro. O holandês conta que escolheu o grafite por ser uma maneira rápida de pintar e por conseguir um retorno direto do público, instantâneo. “A obra pode ser boa ou ruim, mas você fica sabendo na hora. É uma expressão artística muito honesta”, reflete.
A trajetória de Karski com o movimento começou aos 10 anos, quando pulava as janelas da casa de seus pais, em Amsterdã, e pichava seu nome pelos muros da cidade. Não demorou muito para que fosse abordado pela polícia. O resultado? Repreensão dos pais enérgicos e uma multa considerável. Como era muito novo para arranjar um trabalho, teve de pensar em maneiras de contornar a situação. “Meu pai sugeriu que eu lavasse os carros dos vizinhos, mas eu pensei que esse não era o caminho. Lembrei de muitos amigos da escola que me pediam para pintar seu quartos e decidi fazer isso em troca de uns tostões”, lembra.
Anos depois, chegou a abrir a própria agência de publicidade, que durou apenas quatro anos: “Minha paixão é a pintura, não o design”. Durante sua carreira, o grafiteiro desenhou capas de discos, camisetas, expôs em diferentes eventos, participou de um projeto no Zimbábue — que continuará neste ano —, entre outros diversos trabalhos. Karski foi um dos expositores da 2a Bienal Internacional Graffiti Fine Art, do MuBE. “É a nona vez que venho ao Brasil. Amo este país”, confessa.
COMO É FAZER GRAFITE NA HOLANDA?
Não há liberdade. Há muito mais liberdade aqui no Brasil. Eu tenho um filho na Holanda, caso contrário, com certeza, moraria em algum lugar da América do Sul. Aqui, existe muito mais respeito pela nossa arte.
COMO VOCÊ GANHA DINHEIRO COM ESSA ARTE?
Eu participo de muitas exposições e recebo muitas encomendas de murais. E também ensino crianças a alimentar a criatividade de uma maneira positiva, com palestras e workshops.
UM CONSELHO PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO GRAFITE
Olhe a sua volta, encontre os lados positivos do que vê e reproduza. Crie sua arte! Observe bastante, faça rascunhos e pinte. Existem muitas maneiras de se desenvolver e muitos profissionais que podem ajudar. Na minha época, tínhamos que ir atrás de tudo, agora existe informação na internet e tudo mais! É só começar.
Obrigada!